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O sonho da folhinha

O sonho da folhinha

Agosto praticamente já foi embora, setembro vem vindo a galope trazendo a troca de estação. Vai chegar à primavera após um longo ano de espera. Vai embora o inverno que não goza de muito ibope. Venta muito nesta ocasião, e venta forte. È vento que vem do sul é vento que vem do norte e vice versa, mas isto é outra conversa. Estava ela firme em seu posto, robusta mais cansada, estava ali há um bom tempo, porém até agora nunca fizera nada, isto segundo sua própria consciência. Vivia zangada e triste a danada embora isso não influísse na sua boa aparência. Tinha inveja das aves que voavam a céu aberto indo para qualquer lugar, fosse longe ou fosse perto. Um dia largo meu posto e saio mundo afora, ai sim vou ter sempre um sorriso no rosto pensava consigo mesma. Durante outra ventania foi que ela se resolveu, se desgrudou do seu posto e saiu cantarolando com a felicidade no rosto:... Vejam todos como hoje é meu dia de sorte, me desgrudei do meu posto e também estou voando, pois este era outro sonho meu. Mal sabia a coitadinha o destino que a esperava, e durante o vôo rasante ela ria e festejava. Passando rente a um elefante zombou do pobre coitado gritando em seu ouvido:... Ei gorducho vem voar comigo. E caiu na gargalhada. Não sabia ela que esse vôo era um luxo, era único e derradeiro, ela não sairia do primeiro. Talvez por inocência ou até mesmo ignorância sua ela não sabia que este era o vôo da morte. Se soubesse voaria bastante, o mais distante que pudesse e não teria descido á beira da rua à coitada da folhinha, pois vinha adiante um gari se esbaldando com a vassoura e mesmo que ele não a jogasse no lixo, ela ficaria ali sozinha, jogada sob os pés de algum passante. Mesmo que saísse ilesa dessa briga ainda assim lhe seria fatal, afinal sempre teria por ali algum bicho com fome e ela seria comida por uma formiga ou qualquer outro animal ou quem sabe pisada pelo elefante.homenagem a minha filha